domingo, 15 de agosto de 2010

Corinthians e Palmeiras em 1988 - A Fiel entrou no gol

Saudações alvinegras!

Vivo dizendo neste espaço, que, o Corinthians é uma torcida de quem um time. E a cada jogo que vou, a cada momento marcante que lembro, mais essa certeza se firma em meu coração.

Para o pessoal mais novo, sabiam que a força da fiel num pacaembú lotado fez uma bola não entrar? Pois é...essa é a única explicação para o gol incrível perdito por Célio do Palmeiras num clássico disputado no paulista de 1988 (ano em que fomos campeões).

O primeiro tempo terminou empatado em 0 a 0. Era um jogo tenso. O adversário vinha no desespero de quase 11 anos na fila. Tinha Zetti no gol, Ditinho Souza, Edu Manga, Gerson Caçapa, Célio (comprado da Portuguesa), Tato (campeão paulista pela Inter de Limeira em 86), Toninho (o Toninho Cecílio, ex dirigente e atual treinador) e Enio Andrade como treinador.

O Timão, que seria o campeão daquele torneio, vinha com Carlos no gol, Edson, Marcelo Djean, Denilson, Biro-Biro, Dida, Marcio Bitencourt, Wilson Mano, Everton, João Paulo, Paulinho Carioca...etc...Tinha também o querido Ronaldo Giovanelli na reserva, Edmar...que não lembro se jogou aquele dia. Tinha também um bom jogador, que (não sei por que) não foi aproveitado, chamado Paulinho Gaúcho...bom ponta, rápido e driblador.

No segundo tempo, numa bola alçada na área, Edu Manga fez 1 a 0 para o porco. Algum tempo depois, o treinador Jair Pereira colocou em campo Paulinho Gaúcho que fez uma linda jogada pela direita, cruzou rasteiro para um chute de trivela de João Paulo, que empatou o jogo, matou o porco e fez o pacaembú vir abaixo.

Mas, o lance comentado por meses foi uma chegada do porco. Célio recebeu livre de marcação, driblou Carlos e tocou para o gol...bom...não foi gol porque a bola saiu.

O cara conseguiu errar com o gol vazio!!! Ele parou, colocou as mãos na cabeça...ficou estático ali por alguns segundos tentando imaginar o que ocorrera. A própria fiel torcida ficou estarrecida por alguns momentos até vibrar como um gol. A torcida rival fica estática até o fim do jogo.

Célio havia perdido o gol mais feito daquele ano...aliás...ele não perdeu não! A Fiel estava ali, e sua força, que empurra o Timão pra cima dos adversários, fez com que o gol encolhesse e a bola fosse pra fora.

Algum fantasma alvinegro teria desviado com um sopro aquela bola? Creio que não...a Fiel torcida lota estádios, empurra o Timão e se preciso, também tira as bolas adversárias do nosso gol.

Abraços

Uilson

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aplauso na desclassificação - Paulista 1990

Saudações alvinegras,

No post de hoje, quero inaltecer a Fiel torcida que, desde o surgimento do Todo Poderoso Timão, sempre se fez diferente das demais.

São muitas as ocasiões em que podemos dizer com certeza que o Fiel é uma torcida que tem um time.

Uma delas ocorreu em 1990 nas semi-finais do campeonato. Estreiamos perdendo para o Noroeste em Bauru...naquele jogo o atacante do Noroeste se contundiu na linha de fundo e foi atendido pelo DM deles. Na sequência houve um escanteio para eles e este atacante, que deveria voltar ao jogo pelo meio campo, entrou pela linha de fundo mesmo, nas costas de todo mundo e fez o gol. O juizão entrou na deles e com um time desestruturado perdemos.

Esta seria nossa única derrota neste paulistão.

O nosso técnico era o pé de anjo Basilio que montou um time sem muitos recursos, mas, um time com muita vontade...Ronaldo, Giba, Marcelo, Guinei, Jacenir, Marcio, Tupãzinho, Neto, Valmir, Wilson Mano e Mauro. Tinha também Fabinho, recém chegado do Novohorizontino em 1989.

Fomos passando os adversários um a um e sem derrotas...nossos vacilos foram contra o Ituano aqui no Pacaembú que saímos perdendo por 1 a 0 e empatamos no finalzinho com Tupãzinho e quase viramos numa cobrança de falta do Neto.

Outro jogo de dar raiva foi um 2 a 2 no Pacaembú contra o Bragantino que tinha Gil Baiano, Alberto, Tiba, João Santos, Silvio, Biro-Biro (não era o nosso...era outro), Marcelo no gol...etc...era dirigido pelo estreiante Vanderlei Luxemburgo.

Nesse jogo venciamos por 2 a 1 até os 45 do segundo tempo, quando o inesquecível Aribazão, furou uma bola e o centro-avante Silvio empatou, calando o pacaembú.

No final de tudo, precisavamos vencer o Bragantino dentro de casa para fazer a final contra o campeão da chave B, que tinha como líderes Palmeiras e Novohorizontino.

Bom...a Fiel invadiu Bragança, fez a festa, o Timão jogou como nunca...até o menino Viola saiu do Banco pra ajudar. A essa altura, nosso pé de anjo Basilio já não era mais o técnico...em seu lugar entrou um tal de Zé Maria, que não era o Super Zé.

Depois de uma vitória sobre o Santos por 1 a 0 no Pacaembú com gol de Neto, algo aconteceu nos bastidores e Basilio pediu demissão.

Pressionamos, tentamos, chutamos, a bola bateu na trave e consagrou o arqueiro Marcelo que pegou cobranças de falta batidas por Neto que nenhum outro goleiro na face do universo pegaria.

No final, já com a vaga perdida, a Fiel mostrou sua credencial. Pulo, gritou o nome do time e de cada jogador.

O time saiu aplaudido, pois havia perdido a vaga, mas, lutou, suou e mostrou porque somos conhecidos pela raça.

Aquilo com certeza marcou os jogadores, pois, alguns dias depois, Nelsinho chegava ao Parque São Jorge, para conduzir, ao lado do meia Neto, esse time de operários ao título brasileiro do mesmo ano.

Mas, nem tudo foi tristeza...no grupo B do quadrangular ficaram Palmeiras e Novohorizontino na ponta. O time do Interior precisava vencer seu último jogo e torcer por uma derrota do Palmeiras para a Ferroviária de Araraquara aqui em SP.

Parecia que tudo estava perdido...mas, não estava...rs..rs..rs

O Novohorizontino venceu sua partida e um Pacaembú lotado de porcos viu o time da minha amiga Sabrina vencer o porco por 1 a 0, aumentando a fila dos nossos amigos para 14 anos.

Abraços

Uilson